A Virada Cultural é um megaevento cultural que acontece em São Paulo - SP 1 (uma) vez ao ano. São dezenas de palcos espelhados por toda a cidade, cinemas, museus, teatros, etc, com 24h sem parar de atrações culturais.
Legal, não é? Nem tanto. Analisando friamente, percebe-se que se trata apenas de mais uma data comercial criada para movimentar o comércio de São Paulo (quando digo comércio, entenda hotéis, bares, restaurantes, taxis, etc).
Há atrações de qualidade? Sim, realmente há. Mas a estrutura para quem quer apreciar alguma coisa é péssima. Ontem, às 20h, fui à Opera Palgiacci no Pátio do Colégio. A ópera estava muito bem montada, mas que estava lá não consegui ver nada com o palco muito baixo (problema em muitos lugares durante a virada) e aquele obelisco bem no meio do palco. Não adianta nada dar cultura ao povo e não dar condições mínimas de aproveitá-la.
Saindo da ópera, fui para o Palco São João, onde às 23h, apresentava-se o grupo de ska, Skatalites. Já tinha tanta gente quando cheguei que acabei ficando muito longe do palco. Até ai você pode dizer: ah, mas é de graça, você esperava que tivesse uma cadeira na primeira fila só pra você? Bom, é claro que não, só que o som estava tão ruim, que lá de onde eu estava não se ouvia nada.
Tanto é verdade isso tudo que eu estou falando, que por onde se passava, havia muita gente bebendo e conversando, mas muitos, assim como eu, já haviam desistido de assistir a alguma coisa.
Virada Cultural – 2º dia.
No Segundo dia de Virada, comecei minha peregrinação pelos palcos no Parque da Luz. No Coreto do Parque apresentavam-se as Big Bands do Projeto Elefantes. Às 12h30, apresentou-se a Big Band Banda Urbana, ótima execução de Jazz, poucas pessoas assistiam, havia onde sentar, sombra, etc. Perfeito.
Depois, fui para o Palco da Barão de Limeira, onde, às 14h, apresentava-se Renato Teixeira e Banda. Novamente, bastante gente, mas dava pra andar numa boa, deu pra ver o show bem de perto, o som estava ótimo, etc. Repertório perfeito; como diria Lenine, as músicas faziam a gente “lembrar do que não viveu e sentir saudades do que não foi”.
Às 15h, fui para o Palco da São João, onde se apresentava a banda Mad Professor. Ska do bom. Diferentemente do que aconteceu no show do Skatalites, havia bem menos pessoas, o som estava melhor, etc.
Balanço do segundo dia: ótimo.
Fica então a dica de ouro: dê preferência para as atrações menos famosas, para os gêneros musicais menos apreciados pelo público em geral. Além disso, concentre-se no domingo; na noite de sábado há muito mais pessoas nas ruas, muitos desses, vão madrugada a fora, passando o domingo dormindo. Rsrs.